Um dos difíceis legados que a pandemia nos deixou foi a inadimplência. E como contornar essa situação para estabelecer um processo de cobrança eficaz é o desafio que as empresas enfrentam a partir de agora. A boa notícia é que há ferramentas próprias para ajudar os gestores nesse processo.
Antes de explorar as ferramentas de gestão do processo de cobrança é preciso entender o contexto da cobrança no Brasil atual. A Serasa Experian divulgou uma pesquisa em maio de 2021 mostrando que 21% das micro, pequenas e médias empresas brasileiras ficaram inadimplentes durante a pandemia e quase 50% delas tiveram que lidar com problemas de pagamento dos seus clientes.
Além disso: Outra pesquisa, desta vez da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, afirma que 74% das famílias brasileiras possuem alguma dívida. É o maior percentual de endividamento registrado entre setembro de 2020 e novembro de 2021.
Neste momento você deve estar se perguntando: entendi o tamanho do problema, mas como garantir o pagamento se as pessoas estão sem dinheiro? Segundo Felipe Amaral, consultor da Grão e especialista no mercado financeiro e em sistemas de cobrança, esse é o momento de pensar em alternativas que facilitem o pagamento. Entre essas alternativas estão permitir que os clientes parcelem dívidas no cartão de crédito. Ou ainda: transformar o parcelamento das dívidas dos seus clientes em recebíveis junto a bancos, por exemplo. Além disso, flexibilidade, empatia e capacidade de transformação são pontos-chave nesta área. Mas apenas isso não é suficiente.
Segundo Felipe, há quatro pontos importantes que precisam ser considerados por uma empresa que pretenda ter um bom processo de cobrança.
Desses quatro pontos citados por Felipe, um é bastante conhecido: a régua de cobrança. E para ajudar a montar uma régua eficiente, Felipe deixou um passo a passo. Segundo ele, a primeira ação deve ser analisar o atual modelo de cobrança da empresa e entender o que pode ser melhorado – porque sempre é possível!
Entendido o modelo, é hora de definir as personas, criando um sistema de classificação do crédito de acordo com o perfil de risco do devedor e o valor da dívida.
Uma vez definidas as personas, é preciso planejar uma estratégia de cobrança em ondas, adequada para cada perfil de contribuinte. Pode haver desde atuações mais coercitivas, até estratégias que envolvam ciência comportamental.
Em seguida, com as estratégias de cobrança organizadas, é hora de selecionar os instrumentos que serão utilizados. Eles podem ser desde um email até uma reunião presencial ou mesmo uma ação judicial. Depende do montante da dívida e do perfil do cliente.
Por fim, o último passo da régua é criar formas de monitoramento dos processos e garantir que sejam feitos ajustes necessários.
Todas essas etapas envolvem uma quantidade grande de dados e de processos. E a tecnologia pode ajudar por meio de softwares avançados que tratam dados disponíveis e, a partir de premissas pré-definidas pela equipe, transformam esses dados em insights para ajudar os gestores a tomarem decisão.
Por exemplo: utiliza-se a linguagem de programação R para baixar os dados e fazer expurgos, inserções e demais tratativas necessárias para serem levadas a um outro software de Business Intelligence, que vai prover visualmente os insights de negócio para o gestor com KPIs. Em adição, pode ser atribuído tarefas de machine learning para automatizar classificação dos bons e maus pagadores de acordo com o comportamento de suas obrigações.
Na implantação de qualquer uma dessas soluções, a Grão pode tanto montar um time de experts sob medida para cada projeto, como alocar parcialmente um consultor para apoiar o time interno dos clientes. Quer entender melhor? Entre em contato com a gente.