Você certamente já ouviu falar dos tradicionais 4 Ps do marketing. Trata-se de um conceito desenvolvido por Jerome McCarthy e difundido por Philip Kotler, que define quatro pilares básicos de qualquer estratégia de marketing: produto, preço, praça e promoção.
Essas variáveis são controladas pela empresa e interdependentes. Orquestradas, eles transmitem o posicionamento da empresa para seu público.
Mas isso não é novidade e há muito conteúdo interessante sobre o tema disponível. A problematização vem com a digitalização e com as mudanças na forma como interagimos com as marcas.
Em primeiro lugar, se antes a TV era o principal canal para anunciantes serem conhecidos, hoje há sites, redes sociais, streaming de áudio e vídeo. E esses canais abrem o leque de conteúdos disponíveis para os anunciantes, que vão desde posts orgânicos nas redes sociais até tráfego pago, parceria com influenciadores e links patrocinados em buscadores.
Entretanto, mais importante do que os canais é a relação do consumidor com eles e com as marcas. Ela deixou de ser passiva e passou a ser muito mais ativa e propositiva. Nós questionamos as marcas, escolhemos como e por onde nos relacionamos com elas. Até conversamos com seus avatares, se quisermos!
E ao mesmo tempo que a multiplicidade de canais é uma boa notícia, porque abre oportunidades para todos os bolsos e públicos, por outro pode ser uma armadilha se o estrategista tentar abraçar todas as possibilidades sem uma diretriz bem definida ou sem adequar a estratégia ao público-alvo e ao produto.
Isso porque ele pode se perder no caminho e se tornar ineficiente. Sabe aquela máxima que diz: “tudo posso mas nem tudo me convém”? Cabe bem para essa situação. Estabelecer os melhores formatos, canais e mensagens na hora de pensar a divulgação do produto exige um profundo conhecimento das ferramentas disponíveis no mercado e também de como o seu público se comporta e consome.
A forma de consumo mudou radicalmente porque a internet permite comprar produtos produzidos em qualquer lugar do mundo. Desde que o produtor tenha presença online, para se tornar conhecido e uma estrutura de logística capaz de entregar em qualquer lugar.
E é exatamente aí que surge uma nova questão. Esses quatro Ps são suficientes para pensar uma estratégia de marketing hoje em dia?
A resposta é: talvez não. Há quem defenda que qualquer estratégia de marketing atualmente precisa abordar não quatro, mas 8 Ps. São eles:
Não é novidade que as novas gerações se preocupam cada vez mais com o propósito das marcas. Por isso, antes de qualquer estratégia de marketing ou de negócios, é preciso ter clara qual é a visão de mundo da sua empresa e como ela se apresenta para os consumidores. Além disso, é preciso garantir se essa forma de apresentação é coerente e consistente em todos os pontos de contato.
As etapas de produção, atendimento, divulgação e vendas são claras e otimizadas? A preocupação deve estar não só em atender o seu cliente, porque isso todos os seus concorrentes fazem, mas sim em encantá-lo. É encantando que você vai gerar conexão, engajar e efetivamente criar um relacionamento sólido e duradouro com esse cliente.
Diz respeito a como você treina e reconhece as pessoas envolvidas no seu processo de produção e no atendimento ao seu cliente. Ou seja, os seus colaboradores. Porque não adianta você ter um propósito maravilhoso e se preocupar com a jornada do seu cliente, se no fim, quem vai ter contato direto com ele, estiver insatisfeito e desintegrado da estratégia e dos valores da marca.
Quais indicadores serão definidos para medir o sucesso da sua estratégia e como eles serão monitorados.
Em qualquer uma dessas etapas, há pesquisas que podem ser desenhadas para apoiar o processo decisório e metodologias de gestão que ajudam a redesenhar processos para melhorar os resultados da equipe como um todo. Fale com os especialistas da Grão se precisar de apoio!